quinta-feira, 10 de maio de 2007

Pobreza de espírito

MST - Miguel Sousa Tavares, produziu recentemente algumas pérolas num dos seus comentários semanais na TVI.

Não o tendo visto e ouvido, mas tendo conhecimento dos seus comentários através de colegas meus, fui a fundo na net e descobri algum trabalho que já se encontra produzido, referenciando essas pérolas do MST.

Assim, partilho aqui com quem não sabe, que o MST, conhecido apoiante dos fumadores e proeminente guerreiro contra o proibicionismo do fumo em locais públicos, saiu-se com algumas delícias nos seus comentários em directo, do género:

“o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças”

“Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos"

Será de facto mais incómoda a efectiva sensação de falta de amor que a do fumo cancerígeno? ... ele lá o saberá melhor que ninguém!

22 comentários:

Marta disse...

Por acaso assisti a estes comentários!
Pareceu-me os comentários de alguém que está nitidamente a vêr a vida a andar para trás com a nova lei para os fumadores.

Unknown disse...

Gosto do MST como escritor, mas as suas opiniões sobre a sociedade deixam muito a desejar... Fala sobre realidades que não conhece e faz comparações descabidas (comoas que referes)!

CaCo disse...

Eu não assisti aos comentários e incomoda-me o fumo e o cheiro a tabaco nos restaurantes mas... há sempre um mas, não estarão a exagerar na crucificação do MST? Eu odeio, ODEIO mesmo!, criancinhas mal comportadas em restaurantes. Percebo-o perfeitamente. Não as comparava com o tabaco, mas a muitas delas daria uns belos pares de estalos, mesmo à frente dos paizinhos (e nunca bati nos meus filhos - nunca precisei).

Se há coisa que me faz mudar de restaurante são criancinhas a chorar e a correr desenfreadamente pelo meio das mesas.

LoiS disse...

Sabes, o que referes é falta de educação e formação, e não das crianças mas dos pais.

O estalo que te saia para os pais e não para as criaturas mais encantadoras e puras da humanidade!

É o mesmo que estares num restaurante a falar alto e mal, com todos os outros a serem obrigados a ouvir o que dizes! é comum acontecer! Nunca o fizeste? olha e que vergonha ver duas pessoas a discutirem trivialidades e frustrações das suas vidas aos berros, sendo o vizinho de mesa obrigado a ouvir tudo. Ou a última que se exibia ao telemóvel, a falar com o namorado e a programar a próxima queca dizendo que não tinha atingido o climax na última rapidinha dada! Por código tudo se entendia!

Talvez toleres melhor um cão ou um gato debaixo da tua mesa. Se não és assim, conheço muitos que o são, que detestam crianças e amam mais um animal que um ser humano!

Normalmente quem assim pensa, desculpa que te diga, encara as crianças como aberrações da natureza, criaturas mesquinhas e desprezíveis sem qualquer direito à simpatia do próximo, muito menos com plenos direitos à ocupação do espaço de seres superiores e endinheirados, NO MUNDO ADULTO,dos que querem que o mundo seja só seu e se esqueceram que um dia foram crianças, como se esquecem que serão idosos com especiais necessidades.

Entendo que não gostes, o caso extremo que relatas é raro de se ver, pelo menos nos sítios que frequento. E se tal acontecer, com um sorriso dizes a quem de direito que te estão a incomodar, estás no teu direito! OS PAIS ENTENDEM POR CERTO!

Opiniões dessas são sintomas de muita coisa ... desculpa lá mas é o que penso.

Deixar vir a mim as criancinhas dizia o outro! Deixai de ser egoístas, digo eu!

O MUNDO É DAS CRIANÇAS, SÃO ELAS O NOSSO FUTURO !

DEIXASTE-ME POSSESSO!

Xuinha Foguetão disse...

Não sabia da existência destas pérolas. :)

Detesto o fumo nos restaurantes e em qualquer outro local fechado. E mesmo em alguns locais abertos acontece muitas vezes incomodar...

Em relação às crianças em restaurantes só serão incomodativas se os pais não as educarem. Ou então aqueles casos difíceis de maus feitios que até são bem educados. Mas mesmo nesses casos, venham daí as criancinhas para os restaurantes e deixem os cigarros lá fora.

Beijos

LoiS disse...

Desculpem lá voltar à carga.

Encaro que o induzido pelo MST, é que se deveria equacionar na mesma linha, a proibição de entrada a crianças nos restaurantes. Ou ainda, que a proibição a crianças seria de todo mais compreensível que a proibição do tabaco.

Afinal, para ele, a saúde está mais em risco com crianças por perto do que com o tabaco.

É isso que leio das suas palavras!

Rubi disse...

Proibir criancas no restaurante? Mas que estupidez. Deviam era proibir o MST de andar em sitios publicos. Ele devia continuar a remeter-se as longas estadias na casa do Alentejo, onde pode meditar e engolir o seu proprio mau humor e escrever belos livros, como o equador. Ele realmente escreve bem mas nunca percebi o que tem contra a Madeira e os madeirenses. Ele odeia-nos, ate parece que somos todos o AJJ.

Capitão-Mor disse...

Bom, cabe-me aqui advogar em nome dos fumadores. Creio que caminhamos num rumo contrários às liberdades de cada um. Será que as alas de fumadores e não fumadores não serão suficientes? E desde quando se proíbe fumar e depois andam por aí, uns tantos a promover marchas em prole da marijuana?
Já agora proíbam os toques de telemóvel que me irritam sériamente e excessos ruidosos de comensais embriagados!!!

desculpeqqc disse...

Afinal o MST também tem defeitos...
Essa foi muito triste, mas agora é tarde.
O que na realidade incomoda não é o fumo do tabaco, mas sim determinados fumadores.
E pela mesma ordem de ideias, o que me incomoda por vezes não são as crianças, mas sim os pais das crianças.
Mas sobre isto ainda vou postar (ai pois vou).
Obrigado pelos excelentes comentários, eu tenho cá andado, apenas não tenho comentado.

Capitão-Mor disse...

Logo, segundo John Stuart Mill:

- não é o fumo, ou fumo passivo, que legitima atropelos aos direitos de propriedade dos indivíduos, ou "protecções" para o próprio bem das pessoas (esta é contudo a filosofia do Nanny State - "o que faz mal deve ser proibido ou controlado");

- a protecção só é legítima na defesa de "others", ou seja, de terceiros. Ora, em espaços privados, que pessoas adultas frequentem voluntariamente, qualquer intervenção de "protecção" é ilegítima porque agride o direito de propriedade privada, e o direito de livre reunião que à propriedade privada está associado (um dos "direitos fundamentais" de JSM).

LoiS disse...

Muito bem!

Fumem em casa, droguem-se em locais assistidos e prostituam-se em casas controladas.

Advogo isso.

Nada de partilhar vícios privados com outros, ainda mais, quando ao partilharem esses vícios, expôem terceiros aos perigos desses actos.

Breaking disse...

Bom como ex-fumadora que sou, acho que posso dizer isto... até porque já o defendia quando fumava (e olha que fui uma grande fumadora!):
Acho muito bem a proibição de fumar em determinados locais, tais como restaurantes, até porque pelo que me apercebi a proibição total dependerá da dimensão dos restaurantes, em espaços grandes haverá áreas reservadas!
Há coisa mais nojenta (já o afirmava quando fumava) que estar a almoçar, jantar, lanchar e levar com o fumo dos outros?? Está bem, assim de repente lembro-me de mais algumas coisas, mas esta é muito má mesmo!!!
Não é uma questão de liberdade dos fumadores, é respeito e direito dos não fumadores!

Quanto ao senhor sempre achei que ele era um mal amado... daí muitos disparates que diz nos seus comentários!!!

As criancinhas... algumas são terríveis... é certo! Mas nem comparem!!!

Capitão-Mor disse...

E proibições em relação a convívio com gente estúpida e atrasados mentais? Seria aconselhável, para bem da sanidade mental de todos...

CaCo disse...

Não foi minha intenção defender os fumadores, ofender as criancinhas ou desdizer o teu post, Lois. Eu gosto muito de crianças. Não suporto o barulho de miúdos nos restaurantes. Nem me vou defender. Não gosto do barulho dos miúdos nos restaurantes. Odeio comportamentos rebeldes dos miúdos nos restaurantes. Se calhar também de alguns graúdos. Nunca bateria nas crianças, foi uma figura de estilo. Talvez batesse nos pais. Mas o que odeio mesmo, mesmo, é o barulho dos miúdos nos restaurantes...

Ah!... Não fumo. Já não fumo. Acho bem que não se possa fumar nos restaurantes. E se fumasse achava bem que não se pudesse fumar nos restaurantes. Mas á janela, pode-se, ou não?...

;)

Bj.

CaCo disse...

Cães e gatos debaixo da mesa? Para latirem, ladrarem, miarem e desatarem a correr pelo restaurante como aquelas crianças que se comportam assim e que eu detesto?

Lois, Lois, Lois...

LoiS disse...

Sabem uma coisa, EU FUMO o meu cigarrito !!!!!!!!!!!!

LoiS disse...

E respeito muitíssimo quem não o faz, ai do colega que o faça no meu local de trabalho!

Eles conhecem-me! para isso, temos as escadas !!!!!!!!!

Prof disse...

Ui, que grande troca de ideias que para aí vai! Relativamente ao MST e às suas afirmações no que concerne à proibição de fumar em lugares públicos, acho a comparação perfeitamente idiota. Isso faz-me lembrar aqueles hotéis que não aceitam crianças. É óbvio que a mim também me incomoda se uma criança desatar a berrar, assim como me incomoda um casal a discutir e os telemóveis a tocar. Mas são incómodos circunstanciais que, ainda assim, não me incomodam tanto como o fumo de um cigarro em cima de mim. No entanto, e apesar de não ser fumadora, acho que fundamentalismos, seja em que matéria for, são sempre perigosos. Acho bem que os restaurantes e outros espaços tenham zonas diferenciadas para fumadores e não fumadores (só não sei como vão fazer, por exemplo, em discotecas). O problema dos fumadores/não fumadores e muitos outros está dependente de uma premissa fundamental: a minha liberdade acaba onde começa a liberdade dos outros. É bonito de se dizer mas difícil de cumprir.
O MST que continue a escrever livros lindíssimos como o Equador porque está visto que no romance é que ele é bom.
Beijos!

Maríita disse...

Deixem as crianças em paz que cá para mim incomodam menos que alguns adultos e as suas atitudes grotescas. Quanto ao tabaco, fumem, mas não para cima de mim. Não gosto do cheiro.

919 disse...

Tavez o Miguel estivesse a pensar em situaçoes levemente diferentes... É que há restaurantes, há tascos, há cafés, há uma série de coisas, a nível da restauração, que são bastante diferentes umas das outras... Já pensei que, ao invés de multarem os fumadores, deviam ser multados os adultos que levam crianças para ambientes de fumo e barulho e que, muitas vezes, ainda têm a distinta lata de lhes bater ou ralhar, por andarem a brincar, por chorarem ou por rirem... Porque cargas de água hão-de levar as crianças para ambientes desses e exigirem que elas se comportem como múmias, se os próprios adultos (mais a merda das televisões) provocam o maior barulho? E a gente sabe que o barulho potencia a agressividade!... Será que, por conta de tantas leis e tantas tão parvas, o povo se esqueceu que uma coisa tão simples, como é o respeito, existe e está ao alcance de qualquer um?

Lua disse...

O MST de há algum tempo para cá tem assumido umas posições um bocado extremistas, acho k desde a cena do suposto plágio por tudo e por nada sente-se "atacado" e depois responde estas barbaridades. Quando almoço/janto não gosto de ingerir com a refeição o fumo dos outros e acho k não sou a única. Ele se não preza a saúde dele dificilmente se vai importar com a dos outros.
A comparação com as criancinhas nem vale a pena comentar tal é a estupidez.

Anónimo disse...

Embora fume e muito concordo.
O fumo do tabaco não deve entrar num restaurante assim como os dos carros ou o da industria...mas bem pior é a manipulação que esse tabaco leva para viciar,viciar e mais viciar sempre com a aprovação do nosso Corrupto Estado,Governos e justiça,media...
-...todos tem o direito á saúde assim como o dever de a promover...-
esta lei esta mal feita peca por se aliar ao narcotrafico... legalizando actos nada correctos e ao mesmo tempo serve para enterter o povo e esquecer-se o que importa...o que aí vem...
tipicamente tugas não se importam com o do lado desde que o deles esteja recheiado...mas isso tem reves...

participar para melhorar...imparcial