O recente concerto dado no pseudo festival amigo do planeta terra, por parte da Amy Whinehouse, mostrou algumas das fragilidades de que padece a nossa cultura, assim como algumas das induções culturais que teimamos em transmitir aos nossos adolescentes através da música.Ainda ouvi na transmissão televisiva deste "espectáculo" barbaridades ditas por pessoas do mundo da música e do espectáculo, em tom jocoso, sobre a dependência e auto-flagelação da cantora antes mesmo desta aparecer "surpreendentemente" em palco.
A sede de notícias de sangue dava força a apostas sobre a performance da pobre rapariga. Pobre rapariga é um eufemismo, ela estava um trapo humano, assente em duas anestesiadas pernas, encorajada por um bálsamo em forma de cocktail de álcool e drogas.
Culpa dela? Não toda…culpa de toda a indústria que todos apoiam.
Para completar a vergonha que se perde e toda aquela que já não se tem, só mesmo a coragem de um cliente de um restaurante, que como eu partilhava o serviço esforçado da mão de obra brasileira, com uma t-shir que fazia jus há sua cabeça rapada e braços tatuados, que dizia: “Hammer Skins Portugal – Fuck S.I.S.”.
Vergonha...nenhuma!
5 comentários:
Parece que a rapariga estava mesmo mal, a avaliar pelos comentarios de varios blogues. Beijinhos
Não percebi a última parte...
É muito deprimente ver esse tipo de atitude, de sede de sangue e de desgraça... (se não me engano, ou se calhar engano redondamente, mas invento, não faz mal, foi por causa dessa sede que o império romano morreu...)
Porra! Essa foto revolveu-me as tripas...
Percebo o que queres dizer, mas mesmo assim, não me parece que "coragem" seja o melhor termo...
Quanto à rapariga... a nossa sede (que é comum a todos) de ver quem está pior do que nós, leva a que pessoas como ela nem percebam a mostra de gente em que se tornou.
Falei mesmo de pouca vergonha: da Amy; dos Agentes e Empresários do Espectáculo e ... acrescentei o SKIN que sem problemas mostrava todo o ódio que com ele carrega, para toda a gente "ler"!
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