quarta-feira, 26 de março de 2008

Vida nas metrópoles

Saio da garagem de carro e reparo que uma das viaturas, de um dos meus vizinhos, se encontrava aparcada com os faróis ligados. Actualmente os carros alertam para tal facto, não consegui entender como é que o proprietário deixou que tal se mantivesse.

Volto a entrar na garagem quase duas horas depois, após uma sessão bastante activa no ginásio e reparo então que o tal carro de faróis acessos ainda se mantinha assim.

Transpirado e mal agasalhado, decido sair do prédio e tocar à campainha do vizinho, mostrando-me bem pelo intercomunicador.

Esta minha boa acção, daquelas atitudes que gostaria que tivessem para comigo ficou por aí mesmo: por uns toques de campainha com alguma insistência no lado exterior do prédio; alguma espera; frio cortante sobre um corpo a precisar de repouso e de um banho quente.

No dia seguinte saio cedo, reparo no carro e já não vejo faróis ligados, talvez a bateria tenha tomado as rédeas ao assunto, desejando assim boa sorte ao proprietário.

Mesmo assim, continuo o preferir viver num prédio impessoal, com mais de 30 famílias.
Mesmo assim, continuo a preferir que não me chateiem.
Mesmo assim, continuo a preferir que não me conheçam ou que me conheçam mal e, como este vizinho por certo, não quero que ninguém me incomode.

No entanto, chego a uma conclusão: saímos sempre mais prejudicados que beneficiados.

4 comentários:

lélé disse...

Podes crer que se perde!... Mas ter assim tantos vizinhos, já é um azar por si só!...

Sandra Neves disse...

Os prós e contras de tudo na vida... como em todas as opções que se fazem!

Anónimo disse...

Vivemos num mundo em que até ajudar é dificil. Gostei muito do seu Blog serei visita frequente.

Capitão-Mor disse...

As grandes urbes continuam a ser um bom refúgio para tipos como eu. Odeio vizinhos que conhecem e gostam de observar a minha vida...

Nova blogsérie no ar!