segunda-feira, 10 de setembro de 2007

A excelência

O jornalismo poderia ser todo assim, como este homem o faz: com intensidade, integridade, mestria, cultura, responsabilidade e inteligência.

Mário Crespo não se limita a ler um dado teleponto ou um qualquer papel que lhe permita debitar umas palavras em frente das câmaras. Ele estuda e prepara-se afincadamente antes de cada entrevista, antes de cada entrada em cena.

Quando passam as imagens do estado do tempo, ao invés de ler o que todos vêem, debita poemas, ideias e outras informações. Esta forma muito própria de “ler o tempo” já é carismática.

Como verdadeiros clássicos televisivos já temos entrevistas suas no Jornal das 9, onde é Rei. Recordo aquela em que com mestria e de forma heróica driblou um arrogante e prepotente major, nos tempos idos em que o Valentim se achava intocável, ou mais recentemente a entrevista em que confronta de forma hábil a postura ziguezague de Louça e do seu partido, no que respeita ao assalto feito por ecoterroristas a uma plantação de milho transgénico!

Lança ao tapete inúmeros políticos pois faz perguntas como ninguém, com muita delicadeza e inteligência.

Na RTP ninguém o queria, actualmente na SIC NOTÍCIAS, já se confunde com a mesma.

Mário Crespo, uma referência do jornalismo de excelência!

3 comentários:

Breaking disse...

Concordo em absoluto!

Unknown disse...

Tens a certeza que não preferes aqueles jornalistas fofos que perguntam sempre "como se sente?" quando estamos perante uma qualquer situação trágica? ;)

Rubi disse...

Sem dúvida. Calma, profissionalismo e maturidade. Uma referência para mim. Essa cena do major foi lamentável, mas realmente os actos ficam com quem os pratica. Já pensaste na quantidade de políticos portugueses dessa rés que continuam a ser tratados que nem realeza?? Abraço