quarta-feira, 4 de abril de 2007

Preços sempre baixos só …

Eu não sei ao certo, mas desconfio que moro num sítio de gente com uma onda muito para a “frentex”, ou mesmo, numa terra de gente idiota (sim…daquelas sempre cheias de ideias e abertas à inovação).

Para além de algumas cadeias internacionais, logo no início da sua aventura portuguesa se implantarem aqui pelo meu raio de acção habitacional, outros comércios e serviço há, como o que irei descrever, que por aqui adoram testar novas abordagens perante os seus consumidores, sim e pelo que me parece, sempre antes de se meterem além “fronteiras” em tais aventuras.

A cadeia Pingo Doce começou por estas bandas a testar o que as cadeias de Hard Discount já faziam desde sempre: o pagamento dos sacos publicitários, aqueles que ostentam a marca do comércio e que transportam o que neles compramos.

Pessoal! digo que aqui começou a testar pois na altura em mais nenhuma dessas lojas que eu conhecia fora daqui, ou mesmo outras que alguns amigos me referiam, o fazia!

Na altura revoltava-me e pensava: “pelo menos que nos dêem a hipótese de pagar sacos que não tenham publicidade à loja!”.

Essa dor de cabeça já passou e agora racionalizo melhor os sacos para bem do ambiente.

Mas as inovações não terminaram com esse teste do algodão relatado, nada disso!

Estava eu numa caixa visivelmente remodelada para pagar os meus produtos (e os sacos), quando a linda menina no final do registo das compras me diz ao ver o cartãozinho de débito a sair da carteira em direcção a ela: “ faça favor de passar aí o cartão, com a banda magnética virada para cima …

Olho para ela e sorrio, afinal, tinha um terminal bonitinho virado para mim à espera do meu cartão e do meu código, sem ser necessário ela tocar no meu cartão de plástico. Ainda tentei não falhar na passagem, mas mesmo só à segunda é que consegui!

Enquanto a funcionária olhava para mim, esperando impávida e serena que eu passasse o cartão de débito na máquina e marcasse o código, não resisti: “Não tarda nada estou aí do seu lado a passar os produtos pelo leitor do código de barras, não?“.

Reforço esta história dizendo que não se tratava de uma caixa daquelas novas “Express”, como as que existem por exemplo no Continente do Colombo. Esta tinha mesmo uma operadora que na fase do pagamento apenas se limitava a aguardar que passássemos o cartão e marcássemos o código secreto.

Sou um crítico mas um tipo aberto à mudança, por isso estou ansioso por voltar lá o mais depressa possível para ver quais as novidades que reservam: compre a massa e coza o seu pão; amanhe o peixe e pese-o de seguida; coza aqui o seu frango no espeto; limpe você mesmo o tapete da caixa ao fim de pagar a compras…

Será caso para dizer, "esta semana noooooooooooooooo Pingo Doce"!?

9 comentários:

Maríita disse...

No dia em que se tiver que amanhar o peixe para depois o pesar é o dia em que eu abandono os supermercados.

Beijinhos

Capitão-Mor disse...

A velha máxima do maior lucro com o menor trabalho possível. E desta forma até se podem cortar uns tantos postos de trablho, não é verdade?
Pagar os sacos plásticos!? Creio que isso já não é do meus tempos pelo Reino. Que eu me recorde, essa prática foi iniciada por aquela maravilha chamada LIDL. E que tal o pessoal ir para o supermercado com os bolsos a abarrotar de saquinhos? LOL!

Paula disse...

É por isso que ainda não troquei o Pão de Açúcar! Na semana passada, quando fui às compras, o senhor que estava na caixa, pôs tudo nos sacos de forma ordenada, e sempre que o tentava ajudar dizia-me: "Deixe estar menina, não se incomode!" Mais, separou os sacos com fruta, para (palavras do senhor) não se pisar! Adorei!

Benefícios de não se viver num sítio de gente com uma onda muito para a “frentex”, ou mesmo, numa terra de gente idiota! ;) Bjs

LoiS disse...

Eu vou a todos os supers, hipers ...

Adoro a marca própria Pingo Doce que é normalmente sinónimo de boa qualidade.

Não quero é passar a embalar os produtos em caixas, a produzir o que compro ou a cultivar o que como !

Para isso, que me paguem !

lol

Já há gente que me contactou a acusar-se que o mesmo lhes aconteceu !!!!!

Bjs
LoiS

Anónimo disse...

Em relação a este assunto tenho a dizer o seguinte:

Como sabem os que me são mais próximos, vivi dos 12 aos 19 anos, primeiro no Luxemburgo (até aos 17) e depois em Bruxelas. (tenho 31, por isso vejam à quanto tempo isto não foi...)

No que respeita à política do saco plástico, usado e abusado em Portugal, pelas pessoas, sobretudo porque é de "borla", informo-vos que no Luxemburgo não existia. Em vez de sacos de plástico existiam sacos de papel reciclado, sem pegas. Em Bruxelas os mesmos (sacos de plástico) eram pagos por questões ambientais.

No que respeita ao facto do pagamento ser efectuado pelos próprios clientes, sempre o conheci, pelo menos em Bruxelas. Isto sucedia exactamente pelo facto de os/as operadoras/es de caixa não "tocarem" nele (não era só nos hiper, super mercados, mas também nas lojas onde o pagamento por multibanco era aceite), assim evitava-se situações de possíveis plágios e cópias de cartões. Aliás a ideia era que, como o cartão é da propriedade de quem o transporta, só essa pessoa deve utilizá-lo.

Não me parece que por isto acontecer alguns postos de trabalho sejam postos em causa. Assutam-me mais as caixas "self-service", que pelo facto de sermos o povo que somos, também me parece, que nunca vão vingar.

Beijocas

P.S.: Tenho de comentar o último "post" do Lois, parece-me interessante

Anónimo disse...

A política dos preços baixos tem sempre um custo para o cliente, que muitas vezes recai nos serviços prestados, “ou não” – mas essa de colocar a funcionária de “braços cruzados” à espera que o cliente faça o pagamento é hilariante…
Qual será o objectivo???
Criar momentos de relax aos colaboradores?
Integrar o cliente no processo de produtividade da loja?
Ou, quem sabe, uma directiva da empresa vinda de algum Gestor metido a idiota criativo…

Bjinhos

Anónimo disse...

Boa Ritó,

(devia ter lido primeiro)

beijos

vinte e dois disse...

Aquela tua deixa foi 5 estrelas ;D Sabes que um colega meu, no Lidl, armou lá uma pequena confusão por causa dos sacos pagos. Segundo ele nos relatou mais tarde, acabou por não os pagar depois de reclamar. Segundo ele, nenhum espaço comercial pode cobrar-se de sacos que tenham publicidade ao estabelecimento. Se é ou não, não sei, mas ele garante que é assim ;)

LoiS disse...

E acho correcto!

Mas penso que alegam que o custo seria superior se assim n fosse, ou sei lá !