terça-feira, 25 de março de 2008

Oportunismo político




O recente descontrolo por parte de uma aluna, muito publicitado actualmente por culpa das novas tecnologias, é isso mesmo, um descontrolo.

Muito pé-de-vento se fez logo de seguida em relação a tal acto. Todos falam e muitos opinam. Até eu, agora e aqui!

Atrevo-me a dizer que todo este alarido interessa aos professores, assim como interessa ao governo, sim! Falamos talvez é de razões opostas, mas todas elas confinadas a um mesmo propósito.

Se sairmos um pouco da nossa toca, podemos ver situações muito mais graves em escolas de países desenvolvidos e muito mais exigentes e cultos, onde os professores são educadores, inclusive, pasmem-se!

A título de exemplo, numa escola “in UK”, muito recentemente, digníssimos alunos falsificaram as assinaturas necessárias do Conselho Directivo para que levassem avante a organização de uma enorme festa na escola. Essa festa culminou em actos de vandalismo na escola e fora desta, muita droga e sexo com orgias à mistura (que obrigou um alerta por parte da escola à população em geral por eventual perigo à saúde pública), isto para não referir o enormíssimo consumo de álcool e consequentes casos de comas alcoólicos registados.

Cá, todos questionamos em pânico o acto tresloucado e condenável de desrespeito por parte de uma miúda que não queria ficar privada do seu telemóvel. Registamos o descrédito e a falta de autoridade da professora. Registamos a formação ou falta dessa dos alunos. Sim claro e as causas? Não estarão as culpas repartidas por igual nos professores e nos políticos?

Mas claro, esta fobia toda, fruto deste acto registado por "sorte" em vídeo e publicitado no “youtube”, interessa a muita gente, claro que interessa!

A luta dos professores sairá muito mais reforçada agora, ou será a da ministra?

1 comentário:

lélé disse...

Foi uma triste realidade, que, tanto quanto sei (conheço alguns professores), é o pão-nosso-de-cada-dia em muitas escolas. Acho bom que se torne visível para todos, porque, infelizmente, há muita gente que ainda não consegue acreditar que isto acontece. Há que ver onde estão as culpas e tentar que não se chegue a extremos piores, como o que relatas do Reino. Se há situações mais graves nos outros países, não temos forçosamente que os igualar.